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| Imagem: allfights.com |
Frank Mir anda confiante para a luta de amanhã no UFC 146; em entrevista para o portal Tatame revelou que suas armas vão além do Jiu-Jitsu e fala de carreira e adversidades. O poder e Glória MMA não poderia deixar de compartilhar com você, acompanhe:
Como se sente em relação às suas experiências no passado? Continua a evoluir?
Assim como o esporte cresce, as minhas obrigações crescem. Eu acho que você quer que eu diga algo especial, mas luta é luta. Eu nunca tive uma luta em que eu pudesse ignorar meu adversário.
É diferente pelo jeito que a luta foi marcada? Há alguma frustração por você não ter sido a primeira opção?
Não, nenhuma. Claro que eu penso antes no esporte e eu estava em boa forma o suficiente para encarar o Dos Santos nesse card.
Essa luta significa muito para você?
É uma coisa que eu não fico pensando. Quando a minha esposa pergunta, eu só aceno com a cabeça. É bem legal, mas é uma daquelas coisas: eu só quero vencer. Todo o resto eu penso no domingo.
Muitas coisas aconteceram na sua vida e não só dentro do octógono. É gratificante estar aqui?
Em 10, 11 anos eu venho lendo que eu não deveria estar no UFC, mas tenho mais vitórias que qualquer outro peso pesado, mais finalizações e já ganhei da maioria dos caras.
Parecia que você já sabia que iria lutar com ele antes do anúncio oficial. Ter esse tempo extra ajudou?
Sim. Eu iria lutar com o Velasquez, então estava me preparando para uma luta árdua. Estava fazendo treinos de condicionamento e me preparando para uma luta de cinco rounds. Ele tem uma das ferramentas mais perigosas e um motor que não para de girar. Isso é muito raro nos pesos pesados. Segundo, quando percebi que a luta pelo título era na mesma noite que a minha, sabia que eu seria o mais indicado caso alguém se machucasse. Vamos encarar os fatos: os dois caras têm mãos pesadas, são fortes e bons na trocação. Isso pode ser perigoso. Esses cortes, ângulos e joelhadas. Eu não presto muito atenção às lutas, como a maioria das pessoas, eu presto atenção às estatísticas e o que elas dizem. A maioria dos cards não acontece como inicialmente planejado, então eu queria estar na melhor condição possível.
Você já encarou quase todos os tipos de situação na sua carreira. É mais fácil de encarar as coisas agora?
Com certeza. Já estive aqui e fiz isso. Estou preparado para tudo. A gente treina todo dia. O fato de que o Junior dos Santos ganhou sempre nos dois primeiros minutos nos últimos anos não vai prejudicá-lo porque ele treina muito. Eu acho que a minha vantagem é que eu estou acostumado com isso, estou por aqui desde sempre e eu sei como definir, o que fazer, como redirecionar a minha energia e não há distrações nessa luta. Muitos lutadores, quando você os escuta depois, estão distraídos. Eles não competem bem como eu. Se você olhar o meu histórico, eu acho que a vantagem que eu tenho sobre o Dos Santos é que isso não é novidade pra mim. Eu sempre estive nos holofotes. Nascido e criado em Las Vegas, eu sou acostumado a estar diante das câmeras e já estou no UFC há quase 11 anos.
Ele está voltando de uma lesão. Você acha que isso te dá certa vantagem?
Isso realmente depende. Eu tive muitas lesões. Uma vez eu saí saltitando do hospital e estava tudo bem. Outra vez, meu menisco rompeu e tive que ficar três semanas sem lutar. O Forrest Griffin chegou, me derrubou e eu percebi que não conseguia colocar meu joelho no chão. Achei que estava acabado. Foram três semanas sem treinar. Foi a mesma cirurgia. Se ele se movimentar bastante é porque está bem, mas se ele começar a mancar, é mamão com açúcar.
O que significa uma defesa de cinturão com sucesso para você? Você quer conseguir fazer isso antes de se aposentar?
Não. Eu estou muito feliz com quem eu sou porque, se você olhar para os meus títulos e conquistas apenas é uma visão muito superficial. É legal colocar esses certificados na parece, mas, no final do dia, se você melhora e sente a qualidade do seu trabalho, isso te faz feliz. Não é todo mundo que entende isso. Eles trabalham e recebem. Então, em relação ao que eu tenho que fazer no esporte, eu nunca pensei em me tornar o maior vencedor dos pesos pesados de todos os tempos. Uma luta depois da outra, um passo de cada vez.
Quanto mais longa a luta contra o Cigano, melhor é para você?
Sim. As pessoas podem achar estranho eu falar isso porque o meu condicionamento não é excelente, mas a razão pela qual eu digo isso é que todos os nocautes do Dos Santos aconteceram no primeiro round. Ele é um striker de velocidade. Ele ganha poder porque se move rápido. A velocidade cai. Você pode assistir esses caras da categoria até 56kg. Eles não são tão rápidos no quinto round como são no primeiro. Você diminui o ritmo e se ele diminuir é bom porque ele não é tão grande assim.
